A Tendência do Atacarejo

por | fev 23, 2021 | Atacarejo | 0 Comentários

Atacarejo, também conhecido como Cash and Carry, é uma modalidade inovadora de comércio híbrido que alia as duas formas mais tradicionais de venda: o atacado e o varejo.

A princípio, o atacarejo é um modelo de comércio que vende para o revendedor e também diretamente para o consumidor final.

Uma das grandes vantagens é que o consumidor final poderá comprar ao mesmo preço do pequeno varejo, lembrando que a maioria dos atacarejos a regra de preço é igual para o revendedor e para o consumidor final, valendo a partir das quantidades de compra.

O Conceito

O conceito foi criado pelo professor Otto Beisheim, em 1964 ao abrir o primeiro estabelecimento de Cash and Carry (pague e leve) na cidade de Mülheim na Alemanha.

O conceito inicial era bem simples, fazer com que o cliente pudesse escolher o produto na prateleira e levá-lo diretamente para casa, evitando a intermediação de vendedores e, assim, garantir um preço abaixo dos tradicionais mercados.

Antes de chegar ao Brasil, a tendência atingiu os Estados Unidos na década de 70, com a criação da rede Walmart, ela foi a responsável por padronizar e regular esse modelo de negociação.

Inspirada no Walmart, a rede atacadista holandesa Makro estabeleceu o Cash and Carry, ou atacarejo, aqui no Brasil, em 1972. A ideia era cortar ao máximo os custos que fossem além do lucro direto pela venda ao consumidor.

O conceito de atacarejo está cada vez mais popular entre as famílias brasileiras, com aumentos constantes de vendas nos últimos anos. Mais de 65% dos lares do país são abastecidos por compras no modelo.

Como funciona o Atacarejo

Geralmente, as lojas de atacarejo estão instaladas em grandes galpões em avenidas ou áreas afastadas do centro da cidade.

Contudo, oferecem um mix de produtos menor que um hipermercado ou supermercado comum.

Seus custos são mais baixos porque elas têm uma estrutura mais enxuta. A própria loja funciona como depósito e muitas vezes os produtos são empilhados nos corredores ou enormes estantes.

Inicialmente, o foco das vendas eram pequenas e médias empresas.

Nos últimos anos, porém, muitas famílias passaram a ser atraídas pelos preços, que, chegam a ser mais de 30% mais baixos que os mercados varejistas.

Os clientes não têm muito conforto, embora algumas redes tenham feito melhorias para “reduzir a rejeição” de alguns segmentos da população ao modelo.

As redes costumam cobrar dois preços para um mesmo produto: um mais barato para quem leva grandes quantidades (atacado) e outro mais caro para quem leva menos.

Originalmente, o cliente comprava uma caixa inteira para ter direito ao desconto, em alguns exemplos, três unidades do mesmo produto já configuram desconto de atacado.

Tendências do Setor

Nos últimos tempos, é evidente a presença dos consumidores em diversos canais de comunicação.

Diante disso, a estratégia omnichannel se mostrou como uma necessidade em muitos setores, o que gerou muito investimento nesse sentido, principalmente ligado ao varejo.

Contudo, há uma tendência de que nos próximos anos, essas práticas sejam comuns também entre os atacarejistas, atendendo os clientes da melhor forma possível.

Com isso, as companhias que se adequarem primeiro a essa integração do físico e digital, alcançarão vantagem competitiva.

Há também uma tendência dos hipermercados se tornarem Atacarejos, resultando em um crescimento ainda maior do segmento.

Além disso, outra das principais tendências para os próximos anos é a estratégia de precificação inteligente e dinâmica.

Essa estratégia já está sendo usada por empresas, obtendo grandes resultados ao adotar a precificação dinâmica a partir da demanda e do estoque.

A adoção de um sistema de etiquetas eletrônicas, também gera diversos benefícios, como um aumento de produtividade da loja, onde os colaboradores passam a atuar em atividades mais estratégicas.

Há também o benefício de uma melhor integração entre caixa e gôndola que possibilita a troca de preços, troca de informações técnicas sobre o produto, sobre estoque e dados relacionadas a promoções, o que proporciona aumento nas vendas e retorno mais rápido do investimento.

A Logística no Atacarejo

Uma das características dessa forma de negócio está em seu modelo focado em uma estratégia de redução de custos.

O Atacarejo possui seu estoque em sua própria estrutura, ou seja, quando os produtos acabam é necessário apenas descer um novo lote, reduzindo o custo logístico.

No entanto, a parte logística desse modelo também apresenta algumas desvantagens, principalmente em relação aos mercados de bairro.

Por estarem posicionados em locais estratégicos, a fim de que tenham baixo custo de compra e/ou manutenção de suas unidades, apresentam uma possível dificuldade para potenciais clientes, dificultando o acesso ao estabelecimento.

Diante disso, se mostra a importância das redes se preocuparem no investimento de recursos para minimizarem esses desafios que o setor enfrenta.

Nesse sentido, a tecnologia pode se mostrar uma saída interessante diante desses obstáculos.

Vale a pena investir em atacarejo?

De fato, podemos afirmar que o atacarejo foi uma alternativa de grande importância em momentos de crise, em diversos países.

Afinal, o público desse tipo de mercado continua presente nesses ambientes. 

Para lojistas, essa continua sendo uma excelente sacada.

Especialistas afirmam que esse segmento tende a se fortalecer com o tempo, enquanto os hipermercados possuem uma grande chance de verem suas vendas decaindo.

Por fim, vale a pena investir suas fichas no atacarejo, sempre considerando os fatores básicos que indicam a lucratividade, concorrência, perfil do público alvo e sua marca. 

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